Hoje em dia todo mundo quer ter um home-theater com caixas de som 5.1 (ou mais) para curtir toda aquela imersão sonora que o som espacial permite. Porém, existe uma técnica muito ignorada que dá um efeito muito superior, e usando fones de ouvido comuns: o esquema Binaural Recording, ou “gravação bináurea”.
Não, não estamos falando daqueles fones multimídia que possuem 3 conectores estéreo, que são ligados às saídas de uma placa de som 5.1 e que reproduzem todas elas dentro do fone. Nada disso. Estamos falando de você usar fones de ouvido comuns e sentir uma imersão que não deixa nada à desejar ao melhor home-theater em termos de imersão, uma sensação que é simplesmente indescritível.
Isto é possível usando um esquema de gravação com dois microfones, cada um dedicado a captar o que seria um dos ouvidos, que ficam afastados a cerca de 18 centímetros um do outro. Em tese, isto simula a zona neutra que existe entre nosso ouvidos e permite a captação do som de maneira mais real. Mas não é só isso: o processo mais profissional inclui ainda microfones de alta sensibilidade, que são colocados dentro de um molde de uma cabeça humana, de forma a simular todo caminho percorrido pelas ondas sonoras através de nossas orelhas.
Este é o segredo do tal “efeito”. Porque, como diz o próprio personagem Luigi, da demonstração acima, não há efeito algum, e sim o processamento natural do cérebro, que distingue variações de força, tom e equalização e calcula, automaticamente, a distância e a posição do que é escutado. Ao tocar o arquivo em fones de ouvido, nosso cérebro é automaticamente enganado e nos leva a acreditar que o que estamos ouvindo está se posicionando de maneiras diferentes.
Então, nada melhor do que ouvir uma demo do efeito chamada “Luigi’s Virtual Haircut”, que simula uma ida a um engraçado barbeiro italiano e seu assistente Manuel — o áudio está em inglês, mas mesmo assim a demonstração não deixa de impressionar. Confira — sem esquecer dos fones de ouvido
Muito bom! eu fiquei impressionado com essa técnica e imagino que ainda tem muita coisa interessante pra fazer com esse "binaural record"...
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